Contos de Terror #22

   Meus dedos doíam em quanto eu digitava freneticamente no teclado preto que se encontrava a menos de 40 cm de minha cabeça. Remexi o óculos que incomodava meu nariz e só assim pude perceber que suava. Esbarei a mão no copo de aguá ao meu lado e foi ai que parei de digitar. Meus olhos ardiam e mesmo com eu piscando sem parar, os dois olhos coçavam, irritando a pálpebra cansada pelo esforço de não dormir.
   Cruzei os braços na frente do teclado e apoiei minha cabeça sobre eles, minha coluna estralou assim que me mexi do lugar. Mexi os pés entre o vão da cadeira e quase dormi... quase, pois no instante em que fechei os olhos, eu pude sentir... sim! Eu senti, e foi a pior sensação da minha vida. Foi no meu ombro esquerdo, um pouco acima da clavícula, perto do meu ouvido, e com aquele simples toque de uma mão gelada eu me levantei com medo e muito rápido da cadeira. Olhei em todos os lados, até afastei a cortina da janela, para ter certeza que aquilo era um sonho e não tinha a possibilidade de ter alguém fora da casa, ou pior, dentro da casa. Respirei e me virei a minha cadeira, mas preferia não ter o feito. Na minha cadeira, na que estava sentada a alguns segundos, tinha uma criança digitando no computador. Meu coração bateu muito forte e eu tive vontade de sair correndo. Eu não tinha crianças em minha casa, eu morava sozinho. Então de repente ela parou de digitar e se levantou da cadeira, eu estava imóvel, totalmente aterrorizado com aquele garotinho que devia ter uns 7 anos, porem, agora olhava para mim, com uma face totalmente negra, e na tela do computador, eu pude ler as letras gravadas "você não pode fugir da morte."

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