Contos de Terror #20 Especial 10 x 10

Eu sentia o fone de ouvido tremer no volume máximo do meu celular. Meu ouvido doía pela musica alta, mas eu realmente não ligava. Estava tão cansada que o simples ato de apertar o botão para diminuir o volume já era terrível.
   Meus olhos pareciam duas pedrinhas de chumbo. Eu não conseguia abri-los. O ar frio da janela me fez abrir os olhos, minha coberta estava no chão, e eu não estava nenhum pouco a fim de pega-la. O vento soprava mais forte a cada segundo e meu corpo arrepiava acada vez mais rápido. Tirei um dos fones de ouvido e ouvi o forte som do vento chacoalhar os papeis que se encontravam na mesa a minha frente. A lua iluminava maior parte do meu quarto que se encontrava no 8 andar de um prédio de 14. Suspirei e lutei contra a vontade de fechar os olhos novamente. Levantei o corpo e joguei as pernas para fora da cama. Pude sentir o vento me levar para trás, e mais uma vez usei toda minha força para não voltar a cama. Cheguei de vagar perto da janela e me apoiei na batente, olhei para baixo e vi os poucos carros passarem em uma velocidade enorme a minha frente. Meu olhos se fecharam novamente e os abri novamente, franzi as sobrancelhas ao tentar me lembrar o por que de eu estar aqui, um dos fones ainda estava preso em minha orelha e a musica que tocava repetia sem parar o verso "All the voices in my mind, calling out across the line" se repetia sem parar, não sabia que tinha essa musica em minha playlist. "Vamos Pular" Uma voz disse atrás de mim, arregalei os olhos e me virei rápido, não podia estar delirando, eu ouvi, além da musica, eu tinha certeza que ouvi, meu coração se acelerou quando vi a menininha de vestido branco atrás de mim. Estava escutando estática atrás de mim. Gritei de pavor, gritei de novo até minha garganta começar a doer, ela continuava parada, me olhando com olhos frios e totalmente negros, comecei a chorar de medo, gritei de novo e de novo, mas eu estava sozinha em casa, apenas os vizinhos poderiam me ouvir, então gritei por eles. Mas nada veio até mim.    Ela começou a vir em minha direção e eu não conseguia me mexer. Arranquei o outro fone de ouvido e o silencio se chocou contra mim. Ela parou bem a minha frente e seu único movimento foi levantar suas mãos e me empurrar para fora da janela.


Acharam seu corpo ainda depois de alguns minutos após seu corpo se despedaçar no chão. Mas uma coisa chamou a atenção de todos, mesmo com a queda, o único lugar de seu corpo que não havia sofrido um arranhão era seu rosto, que estava congelado em uma face terrivelmente branca, porem, com os olhos totalmente pretos.

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