Eram 3 da manha, e eu ainda estava mexendo no celular conversando com meus amigos em um grupo aleatório do Whatsapp. O ar condicionado sofria trabalhando no 17ºC em um calor que nos dias mais quentes chegavam aos 40ºC. Descobri minhas pernas nuas e as joguei em cima do edredom, estava com calor. Tanto que estava começando a suar.
O ar de meu quarto começa a ficar denso, pesado. como se uma nuvem de chuva carregada estivesse em cima de minha cabeça, começo a sufocar e solto o celular do lado do meu travesseiro. Sento-me na beirada da cama procurando o ar mas ele não chega até mim. Impulsos elétricos percorriam meu corpo como água em uma correnteza. A névoa piorara e agora eu não via mais nada alem de uma fumacinha branca iluminada pela luz do celular. Um pequeno trecho de ar entra em meus pulmões que estavam começando a arder, e através da densa névoa eu podia ver a figura em uma pessoa. Ele usava paletó e um calçado social preto. O medo se instalou por mim de tal maneira que paralisei. Não intendia o por que aquilo estar acontecendo comigo e não conseguia me mover. "Fique calma, eu só vou brincar com você, vai ser rápido! Você nem vai sentir" tentei gritar depois que a voz macabra e metálica atingiu meus ouvidos. Mas não adiantava gritar, eu estaria morta de qualquer jeito.
No outro dia o ar da casa da menina estava quente e abafado, assim como o grito da mãe dela, que a encontrou enforcada no teto de seu próprio quarto, e ao olhar mais de perto o rosto da menina, viu que seus olhos estavam tão arregalados que uma pessoa normal já teria perdido a visão. Não se sabe o por que de tanto susto, talvez um dia, o mesmo homem que estava no quarto da menina, vai ir atrás de você.
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